domingo, 19 de dezembro de 2010

O CORPO HUMANO COMO NUNCA O VIU

    Porto… 7 de Dezembro… 20h30...
    Um vento forte sopra, tocando com os seus dedos húmidos e frios, os nossos rostos expectantes. Entramos no monumental edifício da Alfândega do Porto, divididos em pequenos grupos. Sinto-me outra vez menina e aluna, transformada em Alice no País das Maravilhas do Corpo Humano. Entramos num local amplo, onde as vozes ressoam, como numa imensa catedral gótica. Os ecos transmitem espanto e emoção. Tal como Alice, sinto-me, ao longo da visita, umas vezes gigante, outras, minúscula. Gigante, diante daqueles seres tão pequenos, tão despidos e tão frágeis, que um leve toque deitaria por terra. Minúscula, diante da parafernália de ossos, músculos, órgãos, nervos, tendões que compõem aqueles pequenos seres. Ali está Ele! O nosso Corpo, imensamente humano, aquele de que somos feitos, por dentro e por fora, o que desprezamos, o que, devido ao desconhecimento que temos dele, todos os dias, maltratamos e ignoramos. Ali está Ele! Exposto, às postas. Os sentimentos que me acompanham, ao longo da minha deambulação, por aquela floresta de corpos, são deslumbramento e um infinito respeito por todos aqueles pequenos seres, alguns de pé, como deuses num pedestal, de olhos postiços e esbugalhados, olhando em frente, como quem olha para muito longe, para além do que os nossos olhos vêem. Para além daquelas paredes frias… Seria preciso empoleirarmo-nos num banquito, para olhar de frente aqueles olhos de vidro e imaginar expressão, sentimentos, naqueles rostos sem pele. No entanto, olhamos de baixo, como quem olha para um espelho alto. Vemos apenas o reflexo da nossa infinita nudez; do que somos feitos por dentro e por fora. Despidos, delicados, frágeis e complexos.
E sempre as mesmas perguntas a “martelar” na cabeça:”Quem são?”, “Quem foram?”… Sim, porque naqueles corpos, em tempos, houve vida, agora são como uma casa vazia, mas foram uma casa habitada por tudo aquilo que é próprio do Ser Humano: tristeza, alegria, medo, angústia, desejo, desespero… Não consigo deixar de me perguntar de onde vêm, que idade têm, que nome teriam?
Depois dos corpos, dos órgãos, alguns sãos, outros doentes, viajo, Alice gigante, pelos frascos, onde “ flutuam “, estáticos, num líquido misterioso, fetos de cabeça grande e transparente, e logo me vem à memória o maravilhoso E.T de Steven Spielberg. A seguir, um corpo deitado, cortado às postas, metido num “sarcófago” de vidro, exposto de tal forma, que mais parece um holograma criado num qualquer programa futurista de computador. Uma visão de ficção científica! Volto a sentir-me Alice, ao olhar para o relógio e me lembrar que, tal como o coelho, tenho que sair apressadamente daquele local, para apanhar um autocarro. Abandonar a realidade e voltar à irrealidade que é o mundo lá fora…

Estefânia Dias Surreira
Para o S7, com carinho.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

o Corpo Humano

A visita de estudo à Exposição "O Corpo Humano" na Alfandega do Porto deu lugar a um belíssimo texto a 4 mãos. Bem hajam Madalena Campos e Estefânia Surreira!


Visita de estudo à exposição “ O corpo humano como nunca o viu”

O corpo humano em manuais escolares, em livros científicos, já era algo que se encontrava disponível para leigos há anos, mas o corpo humano dissecado e mostrado ao público em geral, é algo de inovador. Daí o sucesso desta exposição em todo o mundo. Esta é, por isso, uma exposição única e imperdível!
Ver ao vivo o nosso interior, órgãos, veias, artérias, ossos ,músculos, nervos, epiderme, impressiona e mostra-nos a complexidade e perfeição da matéria de que somos feitos. Faz-nos meditar na obrigação de fazer o que está ao nosso alcance para que todo aquele feixe de nervos, articulado de ossos, ramificações de vasos sanguíneos, plástica de musculatura, trabalho em sintonia de órgãos, não sofra qualquer atentado ao seu equilíbrio e desempenhe o papel que lhe foi destinado. E reporta-nos para o que existe para além da matéria, para a grande questão da origem de toda a matéria.
Reporta-nos por isso também, para a teoria da Evolução das Espécies, de Darwin. Este naturalista do séc. XIX, no seu livro "A Origem das Espécies” (1859), introduziu a ideia de evolução a partir de um ancestral comum, por meio de selecção natural. Esta tornou-se a explicação científica dominante para a diversidade de espécies na natureza. A sua épica viagem a bordo do HMS Beagle, permitiu-lhe concluir que toda a matéria, incluindo a animal, sofrera mutações ao longo dos tempos.
Ver esta exposição com olhos Darwinianos, é interrogarmo-nos sobre a nossa própria origem, e viajarmos mentalmente por um passado e um futuro remotos, tentando imaginar a evolução de toda a matéria de que somos feitos. Aqui, o presente ocupa um pequeno espaço. É um conceito temporal insignificante, quando comparado com os milhares de anos de evolução da matéria humana. Esta exposição é o ponto de partida para uma reflexão séria. Será o Homem um produto final, um ser completamente acabado, criado por Deus e à imagem de Deus? Ou antes uma complexa máquina auto-suficiente, que evolui , se transforma, se adapta ao meio que o rodeia?
A matéria Humana, seguidora incondicional da evolução dos tempos? Esta exposição é um convite, não só à reflexão, mas também à tomada de consciência de que nada ou pouco sabemos sobre nós próprios e de que é necessário sabermos cada vez mais, para, deste modo, protegermos a nossa espécie, se não quisermos que também ela, faça parte das espécies em vias de extinção.
Texto a quatro mãos
Madalena Campos e Estefânia Surreira

domingo, 28 de novembro de 2010

Cultura, Língua, Comunicação - DR1

DR1- Equipamentos e Sistemas Técnicos


Na área de competência-chave “Cultura, Língua e Comunicação” estudámos as novas tecnologias, principalmente no que diz respeito à Internet e vimos que nos nossos dias qualquer utilizador navega livremente, pois já não existem obstáculos a nível de software. Desenvolvemos a nossa criatividade, dando nomes a várias imagens todas elas relacionadas com a internet.
Observámos as vantagens da utilização de um equipamento. No caso do meu grupo, debruçámo-nos sobre a máquina de lavar, os telemóveis e telefones.
Estudámos ainda a televisão através de análise de texto e vimos que esta nos permite estar actualizados a toda a hora relativamente aos acontecimentos importantes que se vão sucedendo, não só a nível nacional como mundial.
Verificámos ainda que a televisão torna-se em alguns casos prejudicial para a população jovem, pois esta perde demasiado tempo a ver programas banais, apesar de haver casos em que se vê programas de cultura geral.
Para os casos em que a televisão é prejudicial para os jovens cabe aos pais tomarem medidas para melhorar essa situação, impondo horários aos filhos para verem televisão. No entanto, o aparecimento da TV foi benéfico para certas pessoas, principalmente para aquelas que querem saber das notícias importantes. Antes tinham de se deslocar alguns Kms, até um local onde houvesse rádio, telegrama etc….
Observámos ainda como cada vez mais as novas tecnologias, como por exemplo os computadores e telemóveis, prejudicam as pessoas, principalmente os jovens na sua escrita, por inventarem abreviaturas para as palavras.
A meu ver, as nossas tecnologias trouxeram vantagens e desvantagens à sociedade.

Vítor Hugo Coelho

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Actividade integradora-"Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades"

Foi neste primeiro verso do inspirado poema Camoniano que a turma S7 encontrou o título para a sua primeira actividade integradora.
A turma apresentou-se à Comunidade Escolar com um aceso debate que contrapôs defensores e detractores do progresso tecnológico.
Argumentos não faltaram às duas facções, que empolgaram a assistência com a vitalidade da contenda verbal.
O progresso que nos trouxe transportes velozes e confortáveis, informação e comunicação ao segundo, que ligaram o Mundo, todo um incontável número de equipamentos que nos facilitam a vida diária, meios de produção que geram grande riqueza económica, é o mesmo progresso que nos coloca perante o stress vivido no trânsito, sinistralidade, poluição, aquecimento global, esgotamento de recursos naturais e exploração de mão de obra nos países subdesenvolvidos, consequência da globalização, insegurança e exposição a perigos vários dos nossos filhos, associados ao uso intensivo da Internet.


Estes e outros pontos de vista surgiram durante o debate sustentando as duas faces da mesma moeda.
" Qualquer dia serão os ursos polares os novos dinossauros", esgrimia um participante.
" Todos nós deste lado da bancada já nos deslocamos em veículos ecológicos", lançava uma porta-voz da outra Ala.
A sessão saldou-se com um resultado positivo, consequência do empenho emprestado por todos os envolvidos e da mais-valia que constitui a força de acreditar.
Como formadora da turma, os meus parabéns!

Mudam-se os tempos

quinta-feira, 18 de novembro de 2010














Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades.

No próximo dia 25 de Novembro, quinta-feira, a turma S7 levará a cabo a sua primeira Actividade Integradora, alusiva ao tema "velhos e novos equipamentos e sistemas técnicos".
É com muito gosto que convidamos a comunidade escolar a participar no debate, com ínício às 21horas, na Escola Secundária de Lousada.
As tecnologias que revolucionaram o nosso quotidiano mudaram as vontades, as perspectivas e fizeram do nosso tempo um instante constantemente actualizável.  Será que os novos equipamentos nos trazem mais vantagens ou desvantagens?

Dia 25 de Novembro na Escola Secundária de Lousada!
O símbolo da nossa turma!
PARABÉNS S7!
A mediadora: Marta Miranda Mota

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

DR1: Cidadania e Profissionalidade

No domínio de referência 1, abordámos a temática da Liberdade e a Responsabilidade.
Para iniciarmos o tema utilizámos a História “O MAR E O CARACOL”, que se baseia no sonho do caracol em ver o Mar e no desencadeamento desse sonho. Discutimos também outros conceitos como a Responsabilidade e a Liberdade.
Contudo, à medida que fomos debatendo apercebemo-nos de que tudo se encontra interligado. Na minha própria observação desde tema, conclui que não há liberdade sem responsabilidade, que os nossos actos perante a sociedade podem prejudicá-la ou beneficiá-la. Do meu ponto de vista, de certa forma, todos somos responsáveis pela comunidade.
Ser livre de pensamentos, livre de sonhar de me expressar, ser livre, em conclusão, é a realização de sonhos e a possibilidade de realizá-los mesmo que tenha de ser sozinha.
Todos somos livres respeitando o outro.
Será o sonho um complemento da realidade?

Márcia Ribeiro

terça-feira, 26 de outubro de 2010

DR2: Cidadania e Profissionalidade

Neste domínio de referência realizámos duas fichas de trabalho sobre os direitos e deveres profissionais. Falámos de escravidão, de servidão, de locação, do direito à greve e explorámos o Código de Trabalho.
Esta temática é bastante interessante, pois diz respeito a todos nós. Conhecermos os nossos Direitos e Deveres é sermos cidadãos.

Merciana Cristina

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Profissão Provocador

Era uma vez uma sala de aula.
Era uma vez uns olhos.
Olhados por muitos outros.

Era uma vez Outubro.
A Marte consagrado.
Por Rómulo denominado.
Octobris de octavus mensis.
Em que a noite chegava mais cedinho,
e o Outono trazia a brisa fresca pela janela.

Ao bater da porta no corredor vazio de sexta-feira,
nasceu um desafio.
- Vamos Aprender?
- Sim, estamos cá para isso mesmo!
- E eu? Posso aprender convosco?
- Mas, a professora...é professora...
- Nada posso ensinar que vocês já não saibam, assim como serei inútil se sair daquela porta igual ao que entrei. Não sou professora. Sou provocadora. 
- Provocadora?!
- Claro! O professor debita conhecimentos mais ou menos actuais. O provocador lança-vos desafios, pede conhecimentos, mas exige sabedoria.  
- Ó, e qual é a diferença?
- Simples. O que se aprende não vale de nada se não lhe retirarmos um Sentido, uma Lição para a Vida. Peço-vos uma única coisa. O EFA S7 escreverá sempre no sumário das sextas, de uma forma mais real ou mais etérea, qual foi a Lição da Semana.
- Ah! Isso é o Portefólio Reflexivo de Aprendizagens!
- É. Guardaremos as Lições para nós. Só para nós?
- Bem, era interessante partilhar...
- Quando estamos verdadeiramente alegres, quase sem termos consciência, contagiamos os outros com o nosso sorriso. Todo o rosto, todos os gestos exprimem o nosso estado de espírito. Porque não partilharmos a nossa sabedoria? Somos mais ricos quando damos ou quando guardamos para nós?
- Quando damos. Porque podemos também receber, claro está!
- Eis a Lição de hoje! A isso chamamos Aprender. A isso chamaremos OITO PARA A MEIA NOITE!
  


Mediadora: Marta Miranda